quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

[ opinião - cinema ] The Witch: A Bruxa



1630. Um casal leva uma vida cristã com os seus filhos numa comunidade muito religiosa, até serem expulsos do local por terem uma fé diferente daquela que é permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira de um bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia o bebé recém-nascido desaparece. Terá sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? 


Tenho a certeza de que A Bruxa estará longe de ser um filme de terror que agradará a todos.

Até eu não consegui ainda chegar a um verdadeiro consenso depois daquilo que vi, embora claramente tenha gostado muito do ambiente criado.

Se por um lado há uma mestria soberba na construção desse ambiente do filme, com os sons, planos e edição extremamente bem pensados e colocados, por outro ficou o desejo de que se tivesse ido mais longe já perto do fim.

Para não dar spoilers, acrescento só que de facto este é um filme que assenta bastante mais naquilo que não vemos (e que nos pode assustar por isso) do que propriamente em algo muito directo ou explícito.

Certas cenas são arrepiantes, não porque mostram algo que meta medo, mas porque nos deixam constantemente na ansiedade de saber o que lá vem...

É um terror muito mais psicológico, disso não há dúvida, e o realizador conseguiu aqui criar algo desconfortante que envolve a floresta do filme, praticamente apresentada como uma personagem com vida própria. 

Os seus sons, pelo menos, assim indicam.

Para ver de volume no máximo (ou com uns bons fones), pois a mixagem de 
áudio do filme é o ponto mais forte na construção do seu mundo arrepiante. 

"Bah, bah, bah..."




Sem comentários:

Enviar um comentário