Hoje fui apresentar o livro entre grades, no Estabelecimento Prisional de Torres Novas.
Para começar, tive que deixar tudo à entrada (telemóveis, carteira, chaves, etc). Entrei depois só com o livro. E quando dei por mim, estava mesmo dentro da prisão. Sentir aquela porta pesada a fechar atrás de ti, ver que os guardas ficam de um lado e tu de outro, não é nada agradável, devo já confessar.
Depois reunimo-nos com os reclusos e a Helena Caetano, técnica de acção social, apresentou-me, leu uma passagem da estória e depois eu apresentei o livro.
Surgiram muitas questões da parte deles, principalmente porque o personagem que eu criei, o Tomé, também está preso (de outra forma). Foi muito interessante a troca de ideias e é uma experiência marcante, a que poucos terão acesso. Para além disso discutimos temas tão diversos que até falámos de discriminação múltipla, por exemplo.
Tocou-me ver ali rapazes que têm a minha idade (e até menos). E inspiração para escrever é o que mais abunda entre grades, acreditem. Mas não posso falar muito, senão estrago tudo.
Para além disso, dois dos reclusos vão começar a escrever-me, através de cartas. Por isso imaginem só a informação brutal que vou receber deles. E nem fui eu que pedi que o fizessem, pois partiu deles essa ideia. Eu avisei logo "Olhem que ainda publico um livro sobre isso".
Ficou então um livro para lerem e a promessa de voltar mais tarde para os visitar novamente e trocarmos ideias sobre a História.
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grin emotiFicou então um livro para lerem e a promessa de voltar mais tarde para os visitar novamente e trocarmos ideias sobre a História.Ficou então um livro para lerem e a promessa de voltar mais tarde para os visitar novamente e trocarmos ideias sobre a História.
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