domingo, 16 de agosto de 2015

Nolan: o génio moderno

Vou dar início a uma série de posts no blog sobre realizadores de cinema que nunca realizaram um filme do qual eu não tenha gostado. Posso ter gostado mais de uns, menos de outros, mas a única premissa é escolher sempre alguém que nunca me tenha levado a reclamar de tempo perdido no cinema. E digo-vos já, isto é mais difícil do que parece!



Começo com Christopher Nolan.

Descobri-o com Memento, que foi um filme que se tornou de imediato num dos meus favoritos de sempre, pela forma revolucionária como nos contava uma estória aparentemente simples. Este filme é do ano 2000 mas eu só o vi por volta de 2004, quando já tinha também estreado Insomnia (2002) e apenas um pouco antes do seu primeiro passo no universo do Cavaleiro das Trevas com o excelente Batman Begins, em 2005.

Ainda assim, por eu ser um grande fã do Batman nos comics, fiquei apreensivo quando soube que ele ia realizar o reboot, trazendo-nos uma nova imagem do herói. Claro que eu não podia estar mais enganado e esse primeiro filme foi logo uma grande sucessão de WOW's

Nolan trouxe-nos depois, logo no ano seguinte, The Prestige (O Terceiro Passo), que é um grande filme, mas que já não se consegue destacar entre as obras que se seguiram. 

The Dark Knight (O Cavaleiro das Trevas, 2008) provou-nos que era possível uma sequela ser melhor que o filme inicial, tornando-se automaticamente num clássico épico na colecção de filmes do Batman. 

E foi dois anos depois que Inception (A Origem) levou milhares de novos fãs ao cinema, que tinham sido conquistados de vez com o filme anterior. Se há coisa que este Inception fez foi provar que de facto Christopher Nolan é um dos melhores realizadores da actualidade. A forma como ele dirige tudo está bem explícita nos seus filmes, principalmente nas sequências de acção, que trazem sempre alguma abordagem nova e diferente daquilo a que estamos habituados. Só Inception e The Dark Knight têm cenas que são inesquecíveis, para sempre memoráveis.


Com a conclusão épica da trilogia Batman, Nolan entregou-nos em 2012 o grandioso The Dark Knight Rises (O Cavaleiro das Trevas Renasce), destruíndo por fim as dúvidas de quem ainda achava que do cinema de super-heróis não se podiam extrair óptimos filmes. 

E foi também nesta fase que decidi que ele era completamente um dos meus realizadores favoritos de sempre. Não havia uma única película da qual eu não tivesse gostado muito. Começou-me a parecer que caminhava portanto para um pico em que de repente algum filme dele iria desiludir-me tremendamente.

E foi nessa preparação que recebi as primeiras notícias sobre Interstellar, a primeira verdadeira incursão de Nolan na ficção científica (das estrelas). Não me perguntem porquê, mas vi o primeiro teaser, depois o primeiro trailer, depois o segundo e só conseguia pensar que isto não era terreno para este realizador explorar. Esperei-o com expectativas muito baixas, sinceramente.

Acontece que Interstellar arrasou comigo. Foi, para mim, o melhor filme de 2014 e o que sofreu mais injustiças a nível de prémios (nem uma nomeação para Oscar de Melhor Filme, A SÉRIO?!).




E é por todas estas razões que considero este Homem como um dos génios do cinema moderno. Tudo o que ele realiza tem algo de especial, algo que nos levanta ínumeras questões pertinentes (não é à toa que ele escreve a maior parte dos guiões, em conjunto com o irmão). E não posso terminar sem referir isso mesmo, pois Jonathan Nolan (o irmão) tem sido um constante aliado na escrita destes filmes e acredito, por isso, que muito do que foi conseguido, não o teria sido sem essa colaboração entre os dois.

Os meus filmes favoritos são os da imagem em cima.

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