sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PARIS: uma paixão inesperada


Primeiro uma confissão. Paris nunca foi das cidades que mais queria conhecer. Tinha curiosidade em ir, claro, mas nunca esteve no meu top de prioridades. 

Mas em Setembro do ano passado... uma surpresa mudou tudo. Venci um dos prémios do concurso EVS Film Festival que distinguiu o vídeo que fiz sobre os 10 meses do meu Serviço Voluntário Europeu em Itália (vídeo aqui). 

E o prémio foi uma viagem de 3 dias, com estadia e alimentação incluídas, à capital francesa para participar num evento com outros voluntários.

Inesperadamente lá fui eu. No primeiro dia cheguei ao aeroporto de Orly de manhã. Carregava comigo só uma pequena mochila, na qual tinha colocado só mesmo o indispensável para a curta estadia. O objectivo era carregar comigo o mínimo de peso possível. E porquê? Como só tinha que dirigir-me ao Hotel à noite, aproveitei logo para ficar no centro da cidade e visitar locais icónicos como a Torre Eiffel, a Notre Dame e o Museu do Louvre.


Oh... o Louvre!


Como podem ver pelas fotos, o tempo estava agradável e por isso fiz tudo a pé. Caminhei, caminhei... muito. Fiz a margem do Sena, num dos passeios mais bonitos de que tenho memória e rendi-me completamente à zona da Notre Dame (a minha favorita, sem dúvida nenhuma). 

Ao final do dia, depois de um merecido descanso num dos bancos dos Champs-Élysées, dirigi-me ao Hotel, que ficava num dos bairros da cidade e funcionava mais como uma Pousada da Juventude, com um ambiente jovem muito agradável. O ideal para mim.

Diferentes perspectivas da Notre-Dame! Como não amar este local?

O dia seguinte foi passado todo no evento que me tinha levado ali, por isso, para além do bairro onde estava, não pude ver muito da cidade. 

Partiria no terceiro dia ao final da tarde e, ficando livre logo depois das cerimónias com os oficiais da Comissão Europeia e Governo francês, assim que o almoço terminou dirigi-me novamente ao centro da cidade (apanhando o metro, que por acaso tem imensas linhas e ligações, mas que achei muito intuitivo!).

Grandioso Panteão e uma igreja lindíssima ao fundo.

Tinha mais ou menos 5 horas livres e como não sou de desperdiçar oportunidades, optei por ir a outra zona que ainda não tinha visitado, mesmo sabendo que não poderia desta vez ver a cidade toda em pleno. Assim dirigi-me, depois do conselho de alguns locais, ao Jardim do Luxemburgo e ainda consegui caminhar até ao deslumbrante Panthéon. Esta área surpreendeu-me bastante, pois sinceramente achei que o Panteão fosse algo mais simples... mas ao chegar ali fiquei completamente estupefacto com tudo o que o rodeia (as fotos nem conseguem demonstrar a dimensão dos edifícios envolventes e etc!).

Pelo caminho deliciei-me com um fantástico croissant da doçaria francesa e bebi um café (que por acaso era terrível, sem grande surpresa).


Jardins e Palácio do Luxemburgo.

Passei pouco tempo na cidade do amor... é verdade. Mas sinceramente devo admitir que fiquei completamente rendido e com muita vontade de voltar. E sinto que ainda visitei muito do que havia para ver, afinal fartei-me de caminhar e mesmo com os pés já a queixarem-se, cada metro valeu a pena. Paris é uma cidade épica e magnífica, com edifícios (para além dos marcos turísticos) que arrasam a nossa vista com tanta beleza. Um simples passeio nas margens do rio Sena com a torre Eiffel a espreitar ao fundo, por vezes por entre os prédios, é de apaixonar qualquer um.

Quero com isto mostrar que muitas vezes o inesperado acontece e que mesmo com pouco tempo é possível termos diante de nós uma das mais belas experiências da nossa vida. Basta abrirmos os olhos e aceitarmos o desafio. O resto faz-se com amor.

Oh l'amour...!


Uma casa numa qualquer rua da capital francesa. 


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