sexta-feira, 29 de abril de 2016

MARVEL - os meus 9 favoritos da Casa das Ideias



Em grande antecipação para o filme Captain America: Civil War, lancei-me ao difícil desafio de escolher os meus produtos favoritos de entre todos aqueles que a MARVEL já lançou em vários média (livros, cinema, TV, jogos, etc). Devo acrescentar algo. Em termos de grupo, os X-men sempre foram os meus favoritos. Tanto nos livros, como na TV, como no cinema. Quanto a um personagem solo, o Spiderman sempre foi e sempre será o meu preferido. Mas forcei-me a olhar para além desses dois gigantes e acabei por perceber que amo tanto esta Editora. 

Bem... vamos ao que interessa! :D 

(a ordem não é de preferência. E não incluí aqui o Civil War porque nem preciso de o fazer.) 





1 - X-men: A saga da Fénix Negra. Poucos comics da Marvel poderão competir com a complexidade e emoção presentes nesta saga que redefiniu a própria forma de contar histórias dentro desta Editora. 



2 - Capitão América: O Soldado do Inverno. É o meu segundo filme favorito de todos aqueles que a Marvel (incluíndo os da Fox) já lançou. E se me dissessem que eu gostaria assim tanto deste filme, eu ficaria incrédulo. Foi assim que saí da sala de cinema. Incrédulo e rendido.



3 - Daredevil (Netflix). Já o escrevi aqui antes no blog. Daredevil é um arraso do início ao fim, que melhora a cada episódio (da primeira à segunda temporada). É outro nível da TV e do universo (bastante povoado) dos super-heróis.


4 - Dinastia de M. Depois do próprio Guerra Civil, em termos de sagas que juntam todo o universo Marvel, este é o meu favorito. Apresenta-nos um mundo distópico absolutamente brilhante e uma arte que dispensa apresentações. 


5 - Spiderman: Azul. Mas os heróis também brilham a solo. E este é definitivamente o meu livro favorito de todo o universo Marvel. Neste comic existem tantos sentimentos do Peter Parker tão complexos e profundos, que nunca foram transpostos para outros meios (como o cinema...). Obrigatório ler.





6 - X-men: animated series. Eu cresci nos anos 90. Via isto todos os sábados. Não perdia um episódio. E é até hoje a minha animação preferida da Marvel. Só de ouvir a música daquela intro... fico arrepiado.


7 - X-men: Dias de um Futuro Esquecido. É o meu filme favorito baseado no universo Marvel. Ponto. Este filme trouxe-me a história dos X-men pela qual eu ansiava há muito tempo por ver no cinema. Épico a todos os pontos.





8 - Guardiões da Galáxia. Diferente. Divertido! Este chegou, arrasou sem avisar  e tornou-se num dos melhores filmes que a ficção científica já viu. E depois disso tudo, claro, uma das melhores ideias da Marvel no que toca a adaptações dos seus comics ao cinema. 






9 - Iron Man. Longe vai o ano de 2008. Muitos filmes já foram lançados, mas não poderia esquecer aquele que foi realmente o primeiro filme da Marvel do qual gostei mesmo, mas mesmo muito a sério. Eu tinha gostado dos primeiros X-men, mas não tinha amado, para ser sincero. Com os Spiderman tinha acontecido o mesmo (meh!). E este Iron Man apanhou-me completamente de surpresa. Hoje ao revê-lo, depois de tanta evolução dentro deste catálogo da Editora, pode parecer-te um filme banal dentro do género. Mas na altura foi revolucionário (com conta e medida, certo!), abrindo assim portas para todo o universo interligado que a Marvel tem vindo a criar no cinema. 


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Serviço Voluntário: Como é que...?



Como é que reages a uma criança que chora ao dizer-te que sente falta do seu pai... que morreu há algum tempo... como?

Tu que nunca passaste por isso nem foste preparado para o enfrentar (ninguém foi), como podes falar sem magoar?

Como é que podes dizer-lhe que deve sentar-se contigo e fazer os trabalhos de casa, rendendo-se à rotina de todos os dias em que frequenta o Centro Educativo, como?

E se essa criança for autista e não entender o teu modo de expressão ou a forma como falas, como podes quebrar as barreiras que separam as vossas realidades?

Eu não tinha respostas para estas questões. Talvez continue a não ter. Mas devo contar-vos que isto realmente aconteceu. E que sem saber como, lá consegui fazer com que a situação melhorasse, dentro do possível.

Primeiro falamos. Deixei-o expressar a sua raiva, explicar-me porque a sentia. 

E depois, porque não sou técnico ou profissional, vali-me da experiência. Sabia que ele tinha gostado muito de uma actividade que tínhamos feito fora no jardim. E a única opção que tinha era a de ir directamente ao coração. Então propus:

"Vamos juntos fazer um passeio lá fora."

E assim fomos. Ele meio receoso, a dar-me a mão, como que a pedir-me que não o deixasse sozinho, a dizer-me sempre que não queria que os outros meninos o vissem assim.

Depois soltamo-nos ao chegar debaixo de umas árvores muito altas que cobrem o parque. E diz-me ele:

"Agora fazemos de conta que estamos numa missão intergaláctica e que os maus vêm atrás de nós para nos fazerem mal".

E então sorri. Nesse momento soube que tinha conseguido levá-lo de volta ao seu mundo, onde não há dor, onde a vida real não se mistura. Talvez esteja, enfim, aí mais protegido, longe do peso que aquela ausência lhe provoca.

E lá nos pusemos a correr por entre a vegetação, empunhando armas fictícias,  imaginadas por nós, como dois guerreiros espaciais contra todos os males do universo.

*

E com isto digo e afirmo novamente: ser voluntário neste Centro é a melhor coisa que me aconteceu na vida. Fácil? Não é. Mas é uma aprendizagem constante, que vai para além de tudo o que eu já tinha vivido até agora.

No fim disto, recolhi-me por uns momentos sozinho e, claro, chorei. Primeiro porque não tenho ainda a frieza necessária (ou não) para estes casos. Segundo, porque queria conseguir fazer mais para não o ver assim triste. Terceiro, porque o meu projecto caminha para o fim e vou sentir tanta mas tanta falta destes miúdos. 

Mas daqui levarei tantas memórias que enchem o coração. Tantas.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Hugo Simões: "Por vezes gosto de mim, por vezes não".

1.       



Hugo Simões estreou-se recentemente com a publicação do livro Afogados no Nevoeiro (edição: Capital Books). Neste thriller psicótico, através do horror, o autor conta a história da luta pela sobrevivência de dois casais que decidem aventurar-se num abrigo de montanha. Falei com o autor sobre o seu livro... mas não só. 

Em poucas palavras, e para quem não te conhece, quem é o Hugo Simões?

Quem será esse gajo? Pergunto-me também. Uma coisa sei e posso afirmar, sou eu! Se eu disser que sou o Hugo Simões estou a dizer a verdade, a maior parte das pessoas se o disserem estão a mentir, é um facto! Falando a sério, sou um gajo que vivia em Portugal e devido às circunstâncias da vida viu-se obrigado a partir para França… Considero-me uma pessoa comum, um pouco awkward” socialmente, simples e honesta, que por vezes gosta de si e noutras não, por isso imagino ser outros e estar noutros locais… Sempre muito reservado perdido em mim.

O teu livro “Afogados no Nevoeiro” encaixa-se no género thriller. Suponho que sejas um fã de histórias de terror. Tens algum livro favorito dentro do género?

Sim, posso dizer que sou fã de histórias de terror, sobretudo do misterioso… Mas devo confessar, nunca li um livro dentro do género… Terror somente em filmes, séries e jogos de vídeo dessa temática.

E no que toca a escrever, preferes fazê-lo sempre neste género?

Não, na escrita gosto de escrever um pouco de todos os géneros, menos poesia, porque simplesmente não consigo ter o dom.

Para o teu livro, foi fácil escolher o título? Ou teve outros títulos antes deste?

O título veio sozinho, quase sem pensar… Tive um pesadelo bastante real quando tinha 16 ou 17 anos, onde vi um cenário assustador, que está presente a meio deste livro, depois deu-me vontade e desejo de escrever e num papel coloquei o título “Afogados no Nevoeiro”. E fui escrevendo o que ia imaginado até chegar à parte desse meu sonho…

Qual foi o último livro que leste?

O último livro que li foi o “De quel amour blessé”  do autor Marroquino-Holandês Fouad Laroui. Gostei bastante, narra um amor impossível e bastante cómico de Jamel e Judith dois jovens de origens diferentes, ele árabe e ela israelita…

E qual é que queres ler a seguir?

A seguir não faço a mínima ideia do que irei ler… Tenho ainda para acabar um outro livro do Fouad Laroui… Ultimamente tenho ocupado mais o tempo a escrever do que a ler.

Existem planos para a publicação de outra obra?

Por minha vontade sim, tenho imensas ideias, nas quais ando a trabalhar. Acabei há cerca de um mês um livro que está dividido em três partes: Duas histórias diferentes, a primeira uma comédia e a segunda um thriller de ação, que no final do livro termina com uma conclusão…  
Mas antes deste escrevi uma outra “coisa”Não sei bem se é sátira, comédia negra ou qualquer outro género vindo do abismo dos meus pensamentos mais negros… Mas penso ser impublicável, é demasiado pesado e polemicamente absurdo nos temas que retrata, algo muito parvo e ridículo que escrevi por diversão, retrata o dia-a-dia dum individuo doente mentalmente, um assassino que é assombrado por uma perversão e obsessão sexual extrema, tudo descrito com uma linguagem explícita e violenta. No momento ando a escrever um romance e a continuação do Afogados no Nevoeiro, cuja trilogia já tenho dentro de mim há 17 anos, que se ia revelando enquanto escrevia este meu primeiro livro… Tenho andado também tentado para começar uma obra de ficção científica, para a qual já tenho uma ideia interessante.

Capa do livro editado pela Capital Books.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sabbat El Aïd - obrigatório ver



Esta semana tive a oportunidade de ir à primeira noite do ciclo de Cinema Africano aqui em Forlì (Itália) e vi uma curta-metragem que entrou directamente para o meu TOP de favoritas ever.

Sabbat El Aïd (My Shoes) é uma produção da Tunísia e conta a história de Nader, um menino de 9 anos que corre sem parar pelas ruas da sua aldeia para vender a massa folhada que a sua mãe faz em casa. Um dia  vê à venda umas sapatilhas e quer comprá-las. Mas os seus pais não têm dinheiro. E Nader não parará até conseguir tê-las. Esta curta deitou por terra muitas ideias que eu tinha sobre a vida. Mudou-me. Como?

O filme é de uma profundidade muito mas mesmo muito forte, partindo de uma premissa que parece de início muito simples. Para além de ter também uma realização (e técnica) exemplar, a curta está carregada de metáforas e significados que nos obrigam a repensar a ideia que temos do mundo e das necessidades de cada um. 

Genial. Tocante. Impossível de esquecer! 

Deixou-me a reflectir, nos dias que se seguiram.

Ainda por cima porque vi-a em Itália, num país que não está a conseguir lidar com a grande vaga de imigração de que foi alvo (de pessoas que fugiram da Tunísia, Síria, Marrocos, etc). Este ciclo de cinema faz tanto sentido aqui. E esta curta não quis senão dar-nos (a nós ocidentais, whatever!) uma visão brutal de uma realidade que parecemos querer ignorar

E muito haveria para discutir sobre isso. Mas sugiro-vos apenas que vejam esta obra e tirem as vossas próprias conclusões. 


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Serviço Voluntário: Regresso a Itália



Ir a Portugal durante quase 3 semanas, para depois voltar a Itália, serviu apenas para me dar um sentimento novo e estranho. Quando aterrei em Milano, primeiro senti-me CONFORTÁVEL por voltar a falar italiano. Depois, quando voltei à minha cidade, senti-me TRANQUILO por regressar a estas ruas. E quando reentrei no apartamento... senti-me EM CASA. Não sei se estou a conseguir transcrever a gravidade da situação. Mas vamos ao que interessa: faltam 4 meses para terminar o meu projecto. E como é que vou conseguir deixar para trás algo que nem eu sabia que amava assim tanto? AIUTO! SOS! 

Claro que eu sabia que chegaria a este ponto, aquele em que pareço estar já numa contagem decrescente, ao mesmo tempo em que faço tudo para aproveitar enquanto aqui estou.

Orgulho-me de já ter visitado muito deste país. Mas ainda há tanto para visitar e descobrir, que só tenho medo de não ter tempo para tudo. 

E depois... as crianças. Os bambini, com quem trabalho todos os os dias, estão a mudar e CRESCER tão depressa. Juro que em 3 semanas já deu para ver a diferença em muitos deles. E quando eu for embora, eles continuarão a crescer... e eu já não estarei ali para os ver e acompanhar. Aos sítios, às cidades, poderei sempre voltar (e estes estarão sempre mais ou menos iguais), mas o factor HUMANO deste projecto continuará a desenvolver-se mesmo depois de eu voar daqui para fora.

Resta-me deixar a minha marca, para que nunca esqueçam a minha passagem aqui. E já tenho uma ideia para isso. Depois conto. :)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Cancelem Arrow, por favor!



Já ando para escrever este texto há muito tempo. As ideias estavam apontadas. Mas agora que descobrimos finalmente quem é o personagem que está no caixão do grande mistério desta temporada, o meu amor por esta série MORREU de vez. Em 5 pontos explico porque é que a DC Comics (ou lá quem manda nesta trapalhada) deve cancelar isto enquanto há tempo.

* SPOILERS *

1 - Oliver Queen Wayne. Ao início foi giro, enquanto não tínhamos outra vez nos cinemas e na TV outra versão do Batman. Sim, foi giro ver que os guionistas desde o primeiro instante quiseram fazer deste Oliver Queen/Arrow o Bruce Wayne/Batman das séries de TV. Eu podia enumerar tantas semelhanças, mas este é um texto para fãs. E nem preciso ir buscá-las. Onde quero chegar é: ao fim de 4 temporadas esperava-se que o personagem Oliver tivesse EVOLUÍDO um bocadinho. Mas não. Ele manteve-se sempre, para sempre, imerso naquela negridão e na mania de ter a culpa de todo o mal que acontece no mundo. Boooooooring! Para além disso, desde que temos o pequeno Bruce em Gotham (uma série MUITO melhor!) e agora também em grande destaque nos cinemas, se calhar não precisávamos do copy/paste em que tornaram o Arrow, sim?!

2 - Flashbacks. Neste momento a única coisa boa que tem Flash no nome é a outra série da DC e do mesmo canal. E não há mais paciência para ver cenas passadas na ilha do LOST aqui em Arrow. Chega! BASTA! É que essas cenas ainda por cima não acrescentam nada à história principal. Nada. Repito: nada, nadinha. 

3 - Sem rumo. É isso. A 3ª temporada terminou com aquilo que parecia um series finale. Depois esta 4ª voltou sem saber muito bem ao quê, com um vilão de peso (Damien Dhark), mas sem saber como lhe dar uso. A história não desenvolve, ora anda para a frente, ora anda para trás. Ora ele é muito ameaçador, ora perde os poderes, ora volta a ganhá-los. O Oliver e a Felicity ora se amam muito, ora estão fartos um do outro. O Diggle e o irmão... nem comento... Enfim!

4 - Malcom Merlyn. Matem-no. Por favor. Já a cena do Ra's foi longe demais e ainda bem que acabaram com isso e destruíram o poço de Lazarus (note-se que o Ra's é dos meus vilões favoritos do universo do Batman!). Mas ficou a ponta solta que é o Malcom. Sem sentido. Sem rumo (pelo menos aqui enquadra-se). Já nem mete medo, só enerva mesmo. 

5 - CANARY CRY! A Laurel Lance como Black Canary era para mim a personagem mais interessante desde o início. Hey! Uma personagem que evoluiu, que tinha sentido, que continuava a ter uma vida dupla e dava assim um peso mais realista à série. Mas então os guionistas decidiram matá-la. A sua morte custou-me e foi o último prego dado num produto da DC que prometia muito mas que só tem ficado a dever aos fãs. 

Cancelem isto enquanto podem, sem manchar mais o nome de personagens que são amados e RESPEITADOS pelos leitores dos comics (o média onde tudo isto começou! Não se esqueçam!).

As últimas cenas memoráveis de Arrow foram os crossovers com Flash e a participação em Legends of Tomorrow. E só isso diz muito. Aproveitem-no como personagem, mas só como apoio de uma dessas séries, por exemplo, visto que já está mais do que provado que ele não consegue aguentar uma em nome próprio. The end!

domingo, 3 de abril de 2016

Serviço Voluntário em Itália: ida sem regresso?

Sempre em viagem com outros voluntários. Em Nápoles, em Forlì (minha cidade), depois Pompeia e... Roma!

Agora que vim passar algum tempo a Portugal, há uma questão que toda a gente me coloca: "Gostavas de ficar em Itália?" 

Escrevo este texto num momento em que era suposto já ter regressado a Itália. Mas por motivos familiares acabei por ficar mais tempo em Portugal. Isto não era esperado. E assim respondo facilmente à vossa questão. É como diz uma música italiana: "A minha barca segue o vento e não a rota".

Sempre foi assim. Sempre será. 

Mas eu percebo o medo nos olhos de quem faz essa pergunta. Será que eu seria capaz de ficar a viver em Itália caso surgisse uma outra oportunidade para isso?

E a verdade é que sim. Eu apaixonei-me por Itália. Cidades como Firenze e Napoli seriam motivos mais do que suficientes para me prenderem nesse país.

Mas eu não sou muito de fazer planos a longo prazo. Nem de ficar muito tempo no mesmo sítio. Hoje pode apetecer-me isto e amanhã apetecer-me aquilo. Faltam 4 meses para terminar o meu projecto de voluntariado. Não é muito tempo, mas é mais do que suficiente para mudar muita coisa. E... depois se vê.

Eu até posso voltar para Portugal e depois fugir para outro país que não seja Itália. Eu sou meio ambulante mesmo... e a minha família e amigos já sabem disso. :D 

Tentando ser mais directo. A minha ida para Itália não é uma andata senza ritorno (ida sem regresso). Eu volto sempre. Por quanto tempo? Não sei.