quarta-feira, 27 de abril de 2016

Hugo Simões: "Por vezes gosto de mim, por vezes não".

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Hugo Simões estreou-se recentemente com a publicação do livro Afogados no Nevoeiro (edição: Capital Books). Neste thriller psicótico, através do horror, o autor conta a história da luta pela sobrevivência de dois casais que decidem aventurar-se num abrigo de montanha. Falei com o autor sobre o seu livro... mas não só. 

Em poucas palavras, e para quem não te conhece, quem é o Hugo Simões?

Quem será esse gajo? Pergunto-me também. Uma coisa sei e posso afirmar, sou eu! Se eu disser que sou o Hugo Simões estou a dizer a verdade, a maior parte das pessoas se o disserem estão a mentir, é um facto! Falando a sério, sou um gajo que vivia em Portugal e devido às circunstâncias da vida viu-se obrigado a partir para França… Considero-me uma pessoa comum, um pouco awkward” socialmente, simples e honesta, que por vezes gosta de si e noutras não, por isso imagino ser outros e estar noutros locais… Sempre muito reservado perdido em mim.

O teu livro “Afogados no Nevoeiro” encaixa-se no género thriller. Suponho que sejas um fã de histórias de terror. Tens algum livro favorito dentro do género?

Sim, posso dizer que sou fã de histórias de terror, sobretudo do misterioso… Mas devo confessar, nunca li um livro dentro do género… Terror somente em filmes, séries e jogos de vídeo dessa temática.

E no que toca a escrever, preferes fazê-lo sempre neste género?

Não, na escrita gosto de escrever um pouco de todos os géneros, menos poesia, porque simplesmente não consigo ter o dom.

Para o teu livro, foi fácil escolher o título? Ou teve outros títulos antes deste?

O título veio sozinho, quase sem pensar… Tive um pesadelo bastante real quando tinha 16 ou 17 anos, onde vi um cenário assustador, que está presente a meio deste livro, depois deu-me vontade e desejo de escrever e num papel coloquei o título “Afogados no Nevoeiro”. E fui escrevendo o que ia imaginado até chegar à parte desse meu sonho…

Qual foi o último livro que leste?

O último livro que li foi o “De quel amour blessé”  do autor Marroquino-Holandês Fouad Laroui. Gostei bastante, narra um amor impossível e bastante cómico de Jamel e Judith dois jovens de origens diferentes, ele árabe e ela israelita…

E qual é que queres ler a seguir?

A seguir não faço a mínima ideia do que irei ler… Tenho ainda para acabar um outro livro do Fouad Laroui… Ultimamente tenho ocupado mais o tempo a escrever do que a ler.

Existem planos para a publicação de outra obra?

Por minha vontade sim, tenho imensas ideias, nas quais ando a trabalhar. Acabei há cerca de um mês um livro que está dividido em três partes: Duas histórias diferentes, a primeira uma comédia e a segunda um thriller de ação, que no final do livro termina com uma conclusão…  
Mas antes deste escrevi uma outra “coisa”Não sei bem se é sátira, comédia negra ou qualquer outro género vindo do abismo dos meus pensamentos mais negros… Mas penso ser impublicável, é demasiado pesado e polemicamente absurdo nos temas que retrata, algo muito parvo e ridículo que escrevi por diversão, retrata o dia-a-dia dum individuo doente mentalmente, um assassino que é assombrado por uma perversão e obsessão sexual extrema, tudo descrito com uma linguagem explícita e violenta. No momento ando a escrever um romance e a continuação do Afogados no Nevoeiro, cuja trilogia já tenho dentro de mim há 17 anos, que se ia revelando enquanto escrevia este meu primeiro livro… Tenho andado também tentado para começar uma obra de ficção científica, para a qual já tenho uma ideia interessante.

Capa do livro editado pela Capital Books.

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