domingo, 18 de setembro de 2016

DEIXA-ME SER: 1ª opinião sobre o livro

Foto promocional para o "Deixa-me ser".


Com o livro terminado e prestes a ir para a gráfica quis submetê-lo a uma "aprovação final". Quis dá-lo a ler a alguém que não me conhecesse, alguém que não tivesse vivido esta história (ou mesmo partes dela) comigo e estivesse isento de qualquer ideia pré-concebida. Assim encontrei a escritora Sandra Barbosa, autora do livro "Mulher Fantástica" (Papiro Editora). A Sandra tem actualmente um programa sobre literatura na rádio TNFM
"Os tempos e as letras" é o programa literário que partilha todas as semanas com o jornalista Armando Rebelo. Pareceu-me assim alguém ideal e a quem poderia dar a ler o que escrevi. Muito simpática, aceitou de imediato o desafio. E então esperei que o lesse, até ser surpreendido por esta opinião sincera e que me tocou bastante. 

Não podia deixar de a partilhar convosco. 

Bem... escreveu-me então assim:

"Filipe, quero agradecer-te a oportunidade de me deixares ler em «primeira mão» o teu novo livro.
Fizeste-me chorar em algumas páginas e refletir em quase todas.
O livro está muito bem escrito, é forte, vai fazer abanar muitas mentes tacanhas e abrir novos horizontes a pessoas que, como tu estiveste, estão escondidas debaixo de uma «pele» que não sentem como delas e pulsa na sua alma uma necessidade cada vez mais urgente de se afirmar.
Permite-me ainda que te felicite pela coragem, por seres  quem és, por não teres medo de passar o teu lado mais luminoso, mas também o teu lado mais sombrio aos teus leitores.
Gostei muito, estás de parabéns e desejo-te o maior sucesso, não só literário, mas pessoal.
Nunca deixes que nada se intrometa entre ti e os teus sonhos e, se chegaste até aqui com toda essa determinação, depois deste livro sair, acho que o céu será o limite."


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A Sandra sublinhou exactamente os pontos que eu gostaria de destacar do livro, mesmo sem que eu alguma vez lhe tivesse indicado para ter alguma atenção neste ou naquele capítulo. E foi isso que me deixou ainda mais confiante em relação ao que estou prestes a dar a ler a todos vós. 


Aqui deixo novamente um imenso obrigado à Sandra pela disponibilidade e por estas palavras que me fizeram chorar... de felicidade. :) 



- LIVRO DISPONÍVEL EM BREVE - 

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

DEIXA-ME SER: a música por detrás do livro



Escrever um livro sobre a tua vida não é só ditar a tua história e pronto.

Por isso, para aproximar o leitor daquilo que ia passando na minha mente, deixei neste livro algumas referências a músicas que me marcaram em vários momentos da história que conto.

Fi-lo porque a música sempre foi uma parte bastante importante do meu existir. E isso é até explicado numa das partes da obra. 

Sem revelar demais, posso dizer que o livro abre com uma citação da música Rebel Heart da Madonna. A explicação é simples. A letra dessa canção é um espelho completo da minha vida (e da vida de muitos fãs dela!). Num livro em que falo do suicídio tão frontalmente, não haveria escolha melhor para o iniciar...  o sentido é literal"So I took the road less travelled by. And I barely made it out alive".



Mas essa não é a minha única homenagem à Rainha da POP. Há outra citação, mas quero que seja surpresa. Digo apenas que faz parte do meu álbum favorito dela, o American Life.

Falando em álbuns favoritos, existe um capítulo intitulado Blackout. Este é o nome do meu trabalho favorito da Britney (b*tch!) e foi aquele que mais me marcou ao longo dos anos. E sim, existem montes de referências a ela neste livro. Não quero revelar nenhuma, mas posso adiantar que para além do nome do capítulo há uma citação mais para a frente... mas de uma música da qual ela fez cover  (não é um original seu). Só por curiosidade Blackout significa literalmente Apagão. Só para avisar que esse capítulo não é lá muito fácil de ler, mas é interessante...



E porque nem só de POP vivo eu, não podia deixar de incluir várias (mas mesmo muitas) referências aos Muse. São simplesmente a minha banda rock favorita e falar deles surgiu de forma tão natural que incluí uma citação de uma música... e depois um género de "obrigado" por me terem tocado sempre de forma tão especial. Os Muse salvaram-me muitas vezes. 

Bem... uma das canções referidas é Hysteria. E eles "aparecem" em diferentes capítulos.

Depois existem outros artistas que são subentendidos... que aparecem aqui e ali, como lembranças dos tempos que estou a narrar. 

Voltando à POP, acrescento só que tenho também um excerto de algo que a Lady Gaga diz num videoclip. Arrepio-me de cada vez que o vejo...

Será que consegues adivinhar de qual vídeo se trata?


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

DEIXA-ME SER: relação do livro com a Covilhã

Eu e duas grandes amigas fotografados na Ponte da Ribeira da Carpinteira (Agosto, 2014)

Sinopse:
"Aos 20 anos cheguei a casa e rebentei com as portas do armário, assumindo-me como homossexual à minha família. O meu pai não aceitou o que eu era.
Dois meses depois decidi que queria morrer. Mas nem a morte me quis ao seu lado.  Sobrevivi. Para reescrever a minha história.
E não parece, mas esta terminou bem.
Deixa-me ser é o livro biográfico que relata uma parte fulcral da minha vida, aquela me definiu para sempre.
Do preconceito ao suicídio, da violência ao afecto, do ódio à aceitação.
Este é o conto de como a homofobia pode matar. E de como numa longa noite escura o amor derrotou todos os medos.


Relação do livro com a cidade neve

Grande parte da acção do livro passa-se na Covilhã
Por ter estudado na Universidade da Beira Interior, esta cidade foi desde o primeiro instante um expandir de horizontes para mim. Isso é algo que está bastante implícito nos textos que escrevi. A Covilhã foi o lugar que mais me transformou, onde conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida, onde trabalhei também durante muito tempo, e não é de estranhar que esta esteja tão presente nesta obra. 
Sem querer estragar a surpresa de quem vai ler, posso apenas dizer que passei através da minha escrita todo o sentimento que me liga à cidade que, não sendo minha, me recebeu sempre como uma mãe acolheria um filho.

Daí nasceu um desejo de fazer a apresentação do livro na cidade neve. É o local perfeito e poderei assim fazer-lhe a minha derradeira homenagem. Acontecerá? 

Clicando aqui pode ler um pequeno excerto da obra que fala exactamente de algumas vivências nesta cidade.