terça-feira, 29 de novembro de 2016

[ opinião - música ] Lady Gaga - Joanne




Em 2016 cumpriu-se a temida profecia, Lady Gaga afastou-se da Pop e trouxe-nos um álbum de rock (com muito country e indie-rock), deixando assim milhares de fãs desesperados pelo hino pop que não veio para agitar as pistas de dança habituais. O Apocalipse Pop chegou!

É verdade que Joanne é muito diferente de tudo o que já fez, mas não esqueçamos as suas incursões no jazz (ao lado de Tony Bennet) ou mesmo os diferentes estilos musicais que já tinham sido experimentados em Born This Way e versões live de alguns dos seus hits

E atente-se no seguinte. Gaga acaba de provar, mais uma vez, que é provavelmente a artista mais versátil destes tempos. Dona de uma voz poderosa, ela será também dona da sua carreira e este álbum parece ser mais uma afirmação disso do que um querer seguir as tendências musicais do momento.

Talvez seja injusto comparar trabalhos tão diferentes entre si, mas há algo em Joanne que se destaca logo. É a música Sinner's Prayer, muito melhor do que qualquer faixa do terrível ARTPOP.

A-yo, Diamond HeartDancin' in CirclesMillion Reasons são outras faixas que se juntam para justificar que este é um álbum magnífico

Não lhe escrevi uma crítica aquando do seu lançamento por uma razão óbvia. Tive logo a certeza de que precisaria de algumas semanas para largar a Gaga do Pop (que afinal nem me tinha convencido com os excessos electrónicos do último álbum). E assim Joanne começou a crescer em mim.

O facto de apreciar rock e algumas sonoridades do country ajudaram muito a que assim fosse.




Desengane-se quem achar que encontrará aqui a extravagância de outros tempos, seja a nível visual ou sonoro. Prova disso é a simples dive tour, desprovida do grande aparato, que fez pelos bares em Nova Iorque.  E talvez nenhuma canção se destaque ao nível de se tornar um hit intemporal como Bad Romance ou Poker Face (e lá vimos nós com as comparações!)

Mas a produção é de ouro, com melodias e letras que dificilmente nos largam.

E nisso devemos louvar-lhe o seguinte, não há uma única faixa que não tenha a assinatura Germanotta, como prova de que ela foi maestra desta criação.

Só o tempo dirá onde cairá este trabalho, se no esquecimento ou nos tops dos fãs (novos e antigos)

No meu top pessoal este fica, para já, só atrás do épico ep The Fame Monster.

E noutras considerações, nunca vi esta artista ao vivo porque não existia apelo suficiente, e se a oportunidade chegar, não deixarei escapar um espectáculo de promoção deste álbum. Com isto disto, escusado será acrescentar mais qualquer coisa. 

Hereee we go!







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