segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Diário de Bordo #9: regresso a Nápoles e subida ao Vesúvio



É a quarta vez em Nápoles e finalmente consegui subir ao vulcão.


A primeira vez que visitei (e me apaixonei) por Nápoles foi em Fevereiro de 2015, voltei depois em Junho do mesmo ano e mais tarde em Janeiro de 2018.

De todas as vezes apanhei nuvens no Vesúvio, o que não facilitou a visita ao icónico marco da paisagem napolitana. 

Desta vez fiquei só por duas noites. 

Aproveitei o primeiro para regressar às ruas históricas e me deliciar novamente com os sabores do sul de Itália. 

Parmigiana bianca, Pizza (claro), Pasta e Patate... e nem vou continuar com a extensa lista de tudo o que comi porque acho que vos aumentava o colesterol só com as descrições. 

Digamos que já conheço a cidade de trás para a frente, por isso afastei-me um pouco dos locais mais turísticos e perdi-me por ruas mais escondidas, onde se sente e vive o verdadeiro espírito napolitano e onde consegui misturar-me com os locais e ter conversas mais ou menos banais com eles (o facto de falar italiano ajuda muito, obviamente).

Há quem deteste esta cidade e eu sei exactamente porquê. É caótica e nisso o trânsito mete medo. É suja e nem os monumentos antigos estão bem preservados como noutras cidades italianas bem famosas.

Mas há algo nesta honestidade do não querer saber e no calor das pessoas do sul que me apaixonou desde o primeiro instante. 

E foi com essa paixão que no segundo dia me emocionei ao chegar ao topo do Vesúvio contemplando lá de cima a beleza natural e única do Golfo de Nápoles. A calma do mar Tirreno. As ilhas. Pompeia ao fundo. Enfim... uma paisagem de nos deixar sem palavras.

A subida custa um pouco, mas com calma até se faz bem. Optei por marcar com uma agência e assim fui numa carrinha com mais 7 pessoas. O motorista deixou-nos mais ou menos a meio da montanha, até onde podem ir os autocarros e depois tivemos que subir uns 2 km a pé. Fui aproveitando para descansar em certos pontos e apreciar a paisagem e tirar umas fotos (levem água e uns snacks para o caminho). Tínhamos cerca de 2 horas livres para a visita até o motorista nos ir buscar novamente no mesmo ponto. Diria que para subir foram cerca de 30 minutos e para descer um pouco menos. 

Chegar à cratera do vulcão é uma sensação sem igual ou pelo menos para mim assim foi, pois era a primeira vez a visitar algo do género e fiquei abismado com o tamanho e profundidade da mesma. Imponente e majestosa... no mínimo. Neste dia até estava a fumegar e foi impressionante ver isso.

Quero lá voltar, num mês de mais calor talvez, pois agora em Janeiro notou-se bem a diferença de temperatura da cidade para o topo do Vesúvio, cerca de 10 graus a menos...

Ainda assim, foi um dia inesquecível e já posso riscar esta da bucket list.

Depois desci e fui comer mais, porque ir a Nápoles e não se deixar perder pelo prazer de comer é praticamente um pecado mortal.

No dia seguinte deixei a cidade já só a pensar num futuro regresso. Nunca sei explicar bem isso mas a música talvez o faça. That's amore.



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