domingo, 11 de março de 2018

Novos voos e novos começos em FRANKFURT



Foi em Setembro do ano passado. Voltava de Itália para Portugal, num voo da Ryanair que em poucos minutos aterraria no Porto. Estava quase há 4 meses fora do meu país e a felicidade de voltar era muita, mas a vontade de encontrar rapidamente um novo caminho era maior. E eu até já tinha pensado que gostaria de trabalhar ali (no ar?), já tinha até contactado a empresa no passado (sem avançar mais do que alguns e-mails).

Do Porto fui para Coimbra nessa noite. Dormi aí e no dia seguinte cheguei finalmente a Casa. Fiz uma pesquisa. Estavam a recrutar... NESSA SEMANA! E em menos de 24h já tinha uma data marcada para ir a uma entrevista.

Passaram cerca de 5 meses que me parecem agora uma eternidade. No entretanto fui a Marrocos, ao Reino Unido e comecei então o curso de "cabin crew" (comissário de bordo) com a Ryanair. Do curso não há muito a dizer para além de que foi difícil, cansativo, positivo e excitante ao mesmo tempo, multiplicando tudo isto por mil, várias vezes. E durante o curso ainda passei pela Irlanda e estive uma semana em Itália (a melhor parte, obviamente pelo regresso ao meu segundo país). 

Mas tudo isto só para dizer que tem sido um verdadeiro correr, que ainda não acabou.

Frankfurt, os arranha-céus e o rio Meno.


Cheguei a Frankfurt. O mais difícil podia ter passado, mas agora começam novos desafios: 

O alemão que não falo: mas ok, fala-se inglês, e a maior parte dos alemães até agora safa-se muito bem com isso.

Novas pessoas: algo que até nem é grande novidade para mim, pois quem está sempre a mudar de lugar já se habitou a estas readaptações. E agora até tive a sorte de vir com colegas que fizeram o curso comigo. Das outras vezes (para Itália) foi sempre sozinho e safei-me bem. Então agora... tranquilo. 

Novo lugar: e à primeira impressão gostei muito de Frankfurt. É uma cidade com muita vida, perdida num espaço entre o antigo e a modernidade, com arranha-céus futuristas que contrastam com prédios centenários. Para descobrir a fundo no tempo que passarei cá.

Nova casa: isto é, se eu encontrar uma casa. Pois está a ser para lá de difícil encontrar um sítio onde ficar definitivamente. Vocês não têm noção! Mas tratando-se de mim, está tudo bem enquanto não estiver tudo mal, tranquilidade, rir das dificuldades, ironizar com o meu trágico Destino, e acreditar que ainda vou viver numa bonita penthouse com vista para o rio Meno. Ou talvez um T0 ao lado do Lidl seja o suficiente vá...

Os desafios reais: nova profissão, novas linhas de metro e comboio, novos supermercados, novos hábitos e infinitas pequenas novidades no meu dia-a-dia, como as placas de rua que não consigo ler, e que me estão constantemente a relembrar de que já não estou em Casa.  

Sinceramente, acho que ainda não aterrei verdadeiramente. 

Talvez não tenha dado o devido tempo para processar os últimos meses, mas ao mesmo tempo prefiro assim esta saborosa irresponsabilidade de ir e fazer sem perder muito tempo a pensar "e se...?".

Afinal todos já sabemos que isto vai dar muitas histórias giras para o blog, certo?

O Banco Central Europeu aqui em Frankfurt. Até fugi de lá com medo que descobrissem que era português, ainda me pediam para pagar alguma parte da dívida... :P



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