sábado, 16 de julho de 2016

As coisas de que tenho mais SAUDADES em Portugal

Lisboa, Lisboa... [ imagem Wikipédia ]


Obviamente que não vou incluir na lista... a família, amigos,a minha consola Xbox, a minha cadela e o meu gato, porque essas coisas são mais do que óbvias. São as primeiras coisas que me faltam, claro. SIM, a Xbox incluída... e pouco reclamar! Mas vamos descobrir aquilo de que também tenho muitas saudades. Ahhh.... a saudade!

A menos de 1 mês de regressar a Casa, conto-vos aquilo de que sinto mais falta aqui nesta minha distância em Itália.



 1- Como bom português, vou já cair no cliché e começar com a comida. Oh... os pastéis de nata!! Estes são a prova de que, mesmo com a globalização, há preciosidades que permanecem como tesouros nas suas origens. Pelo menos em Itália (que já corri de Norte a Sul) nunca encontrei um único pastel de nata! NEM QUEIJADAS! Mas não é só de doces que me alimento. Resumindo: sinto falta de comer bacalhau assado, no forno, com natas, etc.  E depois o típico frango assado (tão simples e tão bom!). Estranhamente sinto também falta de uma coisa que não é nada portuguesa... mas que associo a Portugal. E isto sou eu a sair do cliché agora de repente. Uma das primeiras cenas que vou fazer ao voltar é ir comer sushi com os amigos. SIM! Aqui em terras italianas, não podes sair e pagar 10€ para comer todo o tipo de sushi que quiseres. Nem sequer é algo que encontras em cada esquina (como em Lisboa). E sim, eu sou estranho. E sim podem começar já o processo de expatriação.

2- Lisboa! Depois de viajar tanto em Itália, depois de estar em Roma, Veneza, Nápoles, será estranho se eu disser que isso me deu ainda mais vontade de voltar a percorrer todos os cantinhos da minha Lisboa? Na minha vida com voluntários de toda a Europa aqui, também falei muito da nossa capital, de como é bela, de como a devem visitar (ou recordei-a com aqueles que já tinham visitado). Posto isto, se me apanho a descer o Chiado com umas notas de fado a ecoar rua abaixo, até penso que é mentira. Afinal eu praticamente cresci nesta cidade. Ela é minha e eu sou dela. 

Eu e Andreia no T, porque sim!

3 - Festas. Esta pode parecer estranho, mas devo dizer-vos uma coisa. Os italianos não sabem como fazer uma festa a sério. Desculpa Itália, eu amo-te de verdade, mas acabar (por exemplo) um Festival de música reggae à meia-noite... é ESTRANHO! Para dizer o mínimo. Eu estava lá, o Dj a tocar, chega a meia-noite: "Finito. Arrivederci. Ciao ciao!". Não se faz! Digamos que em Portugal, à meia-noite eu ainda estou em casa, a preparar-me para sair com os amigos. Não é propriamente a hora de voltar, mas a hora de sair. E aqui, seja em cidades pequenas ou grandes, tudo termina sempre mais cedo (mesmo em bares e discotecas!).  Eu sinto até falta das típicas festas de Verão nas aldeias! E depois... eu e todos os voluntários espanhóis chegámos à conclusão de que os italianos não são propriamente pessoas de dançar, são mais de ficar ali parados a olhar. Onde está o sangue latino minha gente? Não era suposto estarmos todos dentro desse estereótipo? :D Sendo assim, quando eu chegar quero ir para um bar, ouvir uma música POP a tocar e soltar o backup dancer que há em mim. 


Suicide Squad estreia exactamente na mesma semana em que regresso. Bam! 

4 - Cinema! SOCORRO! AJUDA! A sério... em Itália TODOS os filmes são dobrados. Mas como é possível alguém preferir ouvir o Ben Affleck a "falar" italiano a ouvi-lo falar na sua língua original? Novamente: SOCORRO! O problema é que só nas cidades grandes é que encontras uma ou outra sala de cinema que passa (ÀS VEZES!) os filmes na sua língua original. Eu ainda nem vi o Civil War ou o último X-men, exactamente por isso, porque recuso-me a ver uma coisa dobrada. Não dá. Eu tentei, mas simplesmente é ridículo. Claro que tenho ido ao cinema, ver filmes italianos (que amo e muito!), mas sinto falta de ir ver um blockbuster e relaxar com o todo o seu american english original. 


Torres Novas.
5 - Ah Ribatejo! Ou Ribatexas, como costumo chamar-lhe. É a minha região, onde nasci. São as paisagens que me acalmam a alma, que trazem o melhor de mim. E sinto falta da minha linda cidade, sim. Não pensem que sinto falta de cavalos e touradas (POR FAVOR!). Sinto saudade de apenas sair de carro e ter que parar na beira de uma estrada só para ver melhor o pôr do Sol acontecer por detrás da Serra d'Aire. Ai meus meninos, quando os meus olhinhos portugueses voltarem a cair sobre aquela paisagem, vem ao de cima todo o meu Fado e caio por terra, rendido. Afinal isto é: "Destino que nos amarra, por mais que seja negado às cordas de uma guitarra". 

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