Em Perúgia (esquerda) e Imola (direita). |
Vamos ao que interessa. Eu estou muito bem em Itália. Mas mesmo muito bem. E é esse o problema, pois em menos de 2 meses terei que voltar a casa.
Se estou ansioso por voltar? Claro que estou. Tenho lá a família, os amigos, os meus livros, os meus jogos, a minha cama... tudo o que é meu.
Mas e aqui, não tenho também? Já tenho, sim. E de que maneira.
Durante estes últimos 8 meses aqui, fiz um imersão brutal na cultura italiana. Abri-me aos seus costumes. Abri-me até ao quão "fechados" eles são. E disso falarei noutro post. Mas continuando... tornei-me mesmo um entendido da vida italiana, provei tantos sabores novos, descobri livros, filmes e músicas brutais. Visitei mais de 23 locais e cidades diferentes até agora. Fui ao Sul, ao Norte, ao Centro, ao Este, Oeste...
Eu sei lá. Eu fiz tudo, tudo para me habituar a este país. E foi tão bom fazê-lo que me apaixonei de verdade.
Eu queria não gostar de Itália, querer só voltar, deixar este país de vez. Mas isso não é possível. Só que como a Julieta e o Romeu, Itália e eu não estamos destinados a um final feliz.
E foi por isso que ontem, num raro momento de silêncio, já deitado para dormir, sem nenhuma voz, nenhuma música, senti uma ansiedade tremenda, que me trouxe aqueles sentimentos de angústia e tristeza que misturados só dão em saudade. E eu sei que sim, quando regressar ao meu país, sentirei tanta falta deste como se fosse meu. Tanta saudade.
Conclusão: neste momento estou sempre a oscilar entre o muito alegre e o tremendamente triste. Como vou gerir estas duas personalidades não sei.
Mas de uma coisa tenho a certeza. O meu Serviço Voluntário Europeu não podia ter-me trazido para sítio melhor. Foi só amor, do início ao fim. E o amor é sim essa tal coisa que nos faz sofrer nas partidas, não é?
E sobre isso escreverei mais entretanto.
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