quarta-feira, 1 de julho de 2015

AC III: Aula de História aborrecida



Só agora terminei de jogar o Assassin's Creed III.

É um jogo enorme, gigansteco no aspecto de que temos muito para fazer, com muitas missões secundárias para nos entreter.

Tem níveis de produção altíssimos, acrescentando novas modalidades de jogo à saga, como a opção de subir às árvores para explorar ou as batalhas navais.

Mas tem um grave problema. O jogo começa muito bem (atenção a pequenos spoilers), colocando-nos na pele do pai de quem virá a ser o verdadeiro protagonista da história. Cedo percebemos que o pai é um templário e esse foi um twist engraçado para começar, mas depois - já a história entregue a Connor - demora muito tempo a arrancar, arrastando-se por missões sem grande interesse, forçando acontecimentos Históricos que nem sempre encaixam bem no nosso rumo. E, admito, estive mesmo quase para o deixar a meio, tal era o meu grau de aborrecimento.

Há quem dê mais valor aos gráficos, outros dão mais importância à jogabilidade, mas eu sou um viciado nas histórias e o caminho do Connor foi em grande parte uma enorme seca, nem sequer puxava para jogar.



Felizmente, nas sequências finais o jogo melhora bastante nesse aspecto, assumindo até contornos épicos, principalmente no que toca ao desenvolvimento do personagem e a partes com batalhas navais. Mas... sente-se que isso já vem um pouco tarde, apesar de por outro lado justificar a longa viagem até aí.

Juntando a isso o facto de a arquitectura das cidades ser muito básica e quase sempre igual, não sobra muito por onde defender com mais força este episódio da saga. Sei que isso tem a ver com o contexto Histórico, pois nesta altura o desenvolvimento ainda era pouco nos USA, sendo que os edifícios não têm nada de majestosos em comparação, claro está, com a Itália renascentista da era de Ezio. Mas... escolhessem então outra época histórica mais dada a esses traços épicos da arte de construir cidades apelativas, sim?

É no entanto, um jogo obrigatório para os fãs de Assassin's Creed, também pela história principal (a de Desmond Miles) que aqui tem um desfecho importante. Para quem não é fã, talvez até seja um jogo bom, visto que não vão ter termo de comparação com os anteriores, e até o podem considerar muito melhor vendo desse ponto de vista.

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