quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

[ opinião ] Perdido em Marte: humor espacial



Devo admitir que, quando comecei a ver The Martian (Perdido em Marte), esperei que fosse uma espécie de Interstellar (o meu filme favorito de 2014, já agora). 

Eu sabia muito pouco sobre este filme do Matt Damon, pois gosto de ser surpreendido. E de facto fui. 

The Martian surpreendeu-me com todo o humor que carrega numa estória aparentemente tão dramática de um astronauta que é deixado para trás numa missão, ficando sozinho, perdido num planeta hostil.

Se o filme nunca deixa de ter o peso de uma estória de sobrevivência, por outro lado dá-nos sempre também o lado cómico do personagem, que até nas situações mais arriscadas tem sempre uma forma mais positiva de olhar para as questões. Para isso recorre-se até muitas vezes a clássicos da música pop/disco como forma de orquestrar alguns delírios (mas não conto mais!).

Isso foi de facto muito refrescante num género, sci-fi, que muitas vezes já deu mostras de precisar de aligeirar alguns assuntos (e é até uma forma que tem resultado bastante bem).

A nível técnico é um filme soberbo. E assume-se como um estado da arte daquilo que deverá ser o padrão dos efeitos especiais nos filmes de ficção científica do futuro próximo.  

Não admira portanto que tenha tido direito à nomeação mais importante para os Óscares da Academia. 


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